O Mais-Querido teve pedidos ignorados pela entidade antes da divulgação do documento

O Flamengo enviou uma carta à CBF para contestar o novo Regulamento Geral de Competições (RGC) para 2022, inclusive, reclamando de uma imposição autoritária da entidade. O Clube da Gávea havia solicitado algumas alterações, mas os pedidos foram ignorados.

Na carta, portanto, o Flamengo contesta a postura da CBF e pede explicações por ter ignorado os pedidos, que incluíam, por exemplo, o adiamento de jogos por convocações e o fim da obrigação de aval por contratos de TV. A informação foi divulgada primeiramente pelo portal Uol.

“O Flamengo não aceita que qualquer disposição regulamentar permita a CBF negociar em seu nome direitos comerciais e de marketing pertencentes ao clube, razão pela qual deixa expresso nesse documento que qualquer instrumento que venha a ser assinado pela CBF em nome do Flamengo será considerado inválido em relação ao clube“, disse o clube na carta.

Em outro trecho, o Flamengo enfatiza as medidas autoritárias da CBF O art. 3o manteve a imposição autoritária de que os clubes são obrigados a aderir ao RGC sem a admissão de ressalva, o que não se justifica, a não ser que o RGC seja votado pelos clubes”. O Clube da Gávea, em seguida, listou os pedidos ignorados pela CBF no novo regulamento.

• 1- Fim da obrigação de adesão ao regulamento
• 2- Fim da exigência de anuência à exploração comercial pelos clubes em estádios
• 3- Não marcação de jogos de clubes nas datas em que houver jogadores convocados para seleção ou possibilidade de remarcar partidas
• 4- Ampliar o limite de clubes em que um atleta pode atuar em uma temporada
• 5- Divulgação dos áudios do VAR de forma obrigatória 6
• 6- Fim da obrigatoriedade de contratação de seguradora da CBF
• 7- Não precisar pedir autorização do DCO para ativação de promoções e patrocinadores
• 8- Acabar com a obrigatoriedade de clubes enviarem à CBF contratos de transmissão e retransmissão dos campeonatos
• 9- Conceder aos clubes a possibilidade de decidirem em conjunto os casos omissos do regulamento e, não, dar o poder à CBF.

A CBF, em contrapartida, alegou que recebeu sugestões dos clubes e incluiu parte delas no regulamento: “A CBF, por meio de cada uma das Diretorias envolvidas na confecção dos regulamentos das competições de 2022, recebeu e avaliou as sugestões enviadas por todos os Clubes e Federações, tendo adotado parte delas em seus regulamentos para a temporada”.

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